Depois de uma sequência de certificações e vazamentos, o vivo V60 está próximo de chegar às lojas como sucessor direto do V50. Posicionado como intermediário premium, o aparelho promete disputar espaço com concorrentes de peso — como Galaxy A55 e Nothing Phone (2a) — ao apostar em chipset da Qualcomm, conjunto de câmeras versátil e bateria generosa com carregamento ultrarrápido.
A seguir, avaliamos os principais pontos técnicos divulgados até o momento para ajudar o consumidor brasileiro a entender o que realmente está sendo oferecido.
Vivo V60: Análise Técnica de Especificações
Especificações Técnicas do Vivo V60
As certificações nas entidades regulatórias e a listagem em benchmarks já entregaram boa parte da ficha de hardware do V60. O modelo de código V2511 deve trazer os seguintes componentes-chave:
Tela: OLED de 6,67 polegadas, resolução 1,5K (aprox. 2.712 × 1.220 px) e taxa de atualização de 120 Hz. O brilho máximo listado chega a 1.300 nits, garantindo visibilidade sob sol forte.
Processador: Snapdragon 7 Gen 4, plataforma de 4 nm voltada ao segmento intermediário premium.
Memória: versão base com 8 GB de RAM; vazamentos apontam variantes de até 16 GB.
Armazenamento: 256 GB no modelo de entrada, com opção de 512 GB. O padrão utilizado é UFS 2.2.
Câmeras traseiras: sensor principal de 50 MP com OIS, ultrawide de 8 MP e periscópio de 50 MP com zoom óptico de 3×. A marca Zeiss continua assinando o módulo.
Câmera frontal: 50 MP para selfies e chamadas de vídeo.
Bateria: 6.500 mAh segundo os documentos mais recentes (alguns relatos mencionam 6.000 mAh).
Carregamento: fio de 90 W certificado pela TUV.
Construção: corpo com certificações IP68/IP69, resistência avançada a água e poeira.
Áudio e segurança: alto-falantes estéreo e leitor de digitais sob a tela.
Sistema: Android 15 sob a interface Funtouch OS; há indícios de que versões regionais possam já embarcar o Android 16.
Cores: Mist Grey, Moonlit Blue e Auspicious Gold, sendo a opção azul dotada de acabamento marmorizado.
Preço previsto na Índia: entre 37.000 e 40.000 rupias (aprox. R$ 2.385 a R$ 2.578 em conversão direta). Valores oficiais para o Brasil ainda não foram confirmados.
Performance
O Snapdragon 7 Gen 4 representa um salto significativo frente ao 7 Gen 3 presente em muitos modelos atuais. Fabricado em processo de 4 nm, o chip traz CPU octa-core com quatro núcleos de alto desempenho a 2,8 GHz e quatro de eficiência a 2,4 GHz (frequências listadas em amostras de engenharia).
Em testes de Geekbench, a unidade do V60 pontuou 1.236 em single-core e 3.541 em multi-core — números que o colocam ligeiramente acima do Galaxy A55 (Exynos 1480). Na prática, o usuário pode esperar boa fluidez em multitarefa, jogos populares em gráficos médios/altos e aceleração competente para fotos computacionais.
A escolha pelo armazenamento UFS 2.2 não impressiona tanto quanto o resto do hardware; rivais já migram para UFS 3.x, que oferece leituras e gravações mais rápidas. Ainda assim, no uso cotidiano, a diferença tende a ser notada apenas em instalações muito grandes ou na transferência de arquivos pesados.
Câmeras: Versatilidade com ênfase em zoom
Seguindo a estratégia de apostar em fotografia, a vivo armou o V60 com três sensores traseiros. O principal, de 50 MP com estabilização óptica, deve manter a qualidade em cenários com pouca luz. A lente ultrawide de 8 MP substitui o sensor de 50 MP do modelo chinês S30, possivelmente para reduzir custos. Já o periscópio de 50 MP com zoom óptico de 3× é o grande diferencial dentro da faixa de preço, oferecendo fotografias aproximadas com menor perda de detalhe.
Do lado frontal, a câmera de 50 MP promete selfies detalhadas e gravações em alta resolução. Recursos de embelezamento assistidos por IA e vídeo com foco automático devem aparecer, seguindo o padrão recente da empresa.
Bateria e Carregamento Vivo V60
Com 6.500 mAh (ou 6.000 mAh, conforme listagens iniciais), a bateria posiciona o V60 entre os intermediários mais parrudos de 2025. Aliada a um chip de 4 nm e tela OLED, a autonomia estimada supera um dia de uso intenso para a maioria dos perfis. O carregamento de 90 W encurta o tempo na tomada; em celulares do mesmo porte, essa potência costuma encher 50 % da bateria em pouco mais de 15 min e chegar a 100 % em cerca de 40 min.
Construção, Tela e Recursos Adicionais
A certificação IP68/IP69 garante resistência a submersão prolongada e jatos d’água de alta pressão, característica rara em intermediários. O design abandona as bordas curvas do V50, adotando painel totalmente plano, algo que pode agradar quem prefere pegada mais firme e menor reflexo nas laterais.
O display OLED 1,5K entrega densidade superior ao Full HD+, resultando em textos mais nítidos. A taxa de 120 Hz mantém a suavidade no sistema e em jogos compatíveis, enquanto o pico de 1.300 nits auxilia na visualização ao ar livre. Somam-se a isso os alto-falantes estéreo, contribuindo para experiência multimídia completa.
Custo-Benefício
Considerando o intervalo projetado de R$ 2,4 mil a R$ 2,6 mil (conversão simples), o V60 chega para bater de frente com:
• Samsung Galaxy A55 – tela Super AMOLED de 6,6″, Exynos 1480, câmeras de 50/12/5 MP, bateria de 5.000 mAh com 25 W. Fica atrás em bateria, carregamento e zoom óptico, mas traz quatro anos de updates garantidos.
• Nothing Phone (2a) – Dimensity 7200 Pro, tela OLED 120 Hz, visual diferenciado, bateria 5.000 mAh/45 W. Perde em impermeabilização e recursos de câmera, porém custa menos.
• Motorola Edge 50 Fusion – Snapdragon 7s Gen 2, 12 GB de RAM, tela pOLED 144 Hz, bateria 5.000 mAh/68 W. Apresenta painel mais rápido, mas sem periscópio e sem proteção IP69.
Nesse universo, o vivo V60 se destaca por três pilares: bateria maior, zoom óptico periscópico e certificação de resistência completa. Por outro lado, cobra-se a adoção de UFS 3.x e política de atualizações claramente definida, campos em que rivais coreanos levam vantagem.
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Vale a Pena?
A análise dos dados indica que o vivo V60 tem potencial para ser o intermediário premium mais equilibrado de 2025 caso o preço brasileiro não ultrapasse a faixa intermediária citada. O conjunto de hardware moderno, bateria robusta e câmeras versáteis, especialmente o zoom periscópico, oferecem valor real para quem prioriza fotografia e autonomia. O carregamento de 90 W é outro ponto decisivo para usuários que vivem conectados e não podem ficar muito tempo presos à tomada.
Entretanto, há algumas ressalvas: o armazenamento UFS 2.2 pode incomodar quem faz gravações 4K prolongadas ou troca muitos arquivos grandes, e ainda não foi divulgada a quantidade de atualizações de sistema que o aparelho receberá. Além disso, se o valor de lançamento no Brasil superar significativamente a conversão direta, o consumidor encontrará alternativas com custo-benefício semelhante.
Recomendamos o vivo V60 para quem busca:
• Bateria acima da média e recarga muito rápida.
• Zoom óptico de 3× sem perda de qualidade.
• Certificação IP68/IP69 para uso em ambientes hostis.
Não recomendamos para usuários que:
• Precisam de armazenamento UFS mais veloz para trabalho pesado.
• Dependem de longa política de atualizações de software.
Com lançamento previsto para agosto, vale aguardar o anúncio oficial — principalmente o posicionamento de preço e o cronograma de updates — antes de bater o martelo. Se a vivo mantiver a faixa de valores sugerida nas certificações internacionais, o V60 tem tudo para figurar entre os melhores custos-benefício da categoria.
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