Depois de um mês de julho movimentado, a Sony revelou a lista de títulos que chegam em agosto de 2025 aos planos PlayStation Plus Extra e Deluxe. A leva reúne um grande lançamento de luta, um exclusivo da Marvel, jogos independentes premiados e clássicos remasterizados do primeiro PlayStation.
A seguir, examinamos tecnicamente cada adição, avaliamos a variedade de gêneros e discutimos se a oferta pode justificar a assinatura neste momento.
Análise do Catálogo e custo-benefício
Catálogo de agosto de 2025 do PlayStation Plus Extra e Deluxe
O plano PlayStation Plus Extra recebe nove jogos inéditos no serviço, enquanto o nível Deluxe, além dos mesmos títulos, soma dois clássicos e um teste antecipado. Veja os principais destaques e o que cada um entrega do ponto de vista técnico.
Mortal Kombat 1 (PS5)
A NetherRealm utiliza a Unreal Engine 4 para exibir cenários mais detalhados e animações de 60 fps estáveis em resoluções que variam de 4K dinâmico no PS5. O novo sistema de luta introduz Fatal Blows e Breakers defensivos, trazendo profundidade estratégica. O modo história totalmente cinematográfico — marca registrada da série — roda em 30 fps, mas com compressão de vídeo de alta taxa de bits para minimizar artefatos.
Marvel’s Spider-Man
• PS5: versão Remastered com ray tracing, texturas de maior resolução e 60 fps no modo Performance.
• PS4: Game of the Year Edition, a 30 fps, porém ainda impressionante graças ao trabalho de otimização da Insomniac na engine proprietária. Ambos incluem todas as expansões “A Cidade que Nunca Dorme”. A física de teia permanece uma referência de movimentação urbana, enquanto o DualSense no PS5 adiciona retorno háptico diferenciado durante o balanço.
Sword of the Sea (PS5)
Produzido pelo artista de Journey, a experiência aposta em 4K a 60 fps para realçar o art-design aquarelado. A mecânica de “Flutulâmina” combina skateboard, snowboard e surfe, exigindo precisão no frame time para transmitir fluidez. A trilha sonora dinâmica reage às manobras, reforçando a imersão.
Earth Defense Force 6 (PS4/PS5 via retro)
Mesmo calcado numa direção artística simples, o título da Sandlot compensa com batalhas de centenas de inimigos simultâneos. O PS5 reduz quedas de quadro vistas no PS4, sustentando até 60 fps em 1080p. O cooperativo online a quatro jogadores continua sendo o maior atrativo para quem busca “caos controlado”.
Unicorn Overlord (PS5/PS4)
A Vanillaware utiliza sprites 2D pintados à mão em resolução 4K, combinados com movimento limitado a 30 fps — escolha intencional para preservar a estética tradicional do estúdio. O ponto forte é o sistema tático inovador que mistura batalhas em tempo real e comandos de pausa, exigindo planejamento constante.
Ryza: a Última Aventura (PS5/PS4)
A série Atelier prioriza gerenciamento de recursos e síntese alquímica. Nesta iteração, a engine adapta ciclos de dia e noite que influenciam a obtenção de materiais. No PS5, tempos de carregamento caem para poucos segundos, um ganho tangível em rotinas que envolvem viagens constantes entre áreas.
Indika (PS5)
Projeto narrativo com iluminação baseada em path tracing parcial, resultando em cenas internas realistas. Roda a 30 fps, mas a natureza contemplativa faz com que a taxa não prejudique a experiência. Destaque para a atuação de voz que alterna entre comédia e tragédia, alinhada ao roteiro inspirado em Dostoiévski.
Harold Halibut (PS5)
Todo o cenário foi criado com modelos físicos digitalizados em 3D, conferindo estética artesanal raríssima. A Unreal Engine garante profundidade de campo cinematográfica, rodando a 30 fps em 4K nativo. Para fãs de aventuras narrativas, a construção de mundo submerso traz forte atmosfera.
Coral Island (PS5)
Simulação de fazenda em mundo aberto com estilo low-poly. O PS5 entrega taxa de quadro destravada que gira em torno de 60 fps. O ponto-chave é o ecossistema ambiental: plantio, pesca e restauração de recifes influenciam o humor dos habitantes e a economia local.
Clássicos no Deluxe
• Resident Evil 2 (PS1) e Resident Evil 3: Nemesis (PS1) ganham opções de retroceder, salvamento rápido e filtros CRT. A emulação oficial proporciona latência estável, benefício essencial em jogos de câmera fixa que exigem precisão. Ambos preservam a dublagem original, mantendo atmosfera de survival horror.
• Death Stranding 2: On the Beach (teste de 5 h): a avaliação usa a versão completa do jogo. O progresso é transferido caso o usuário adquira o título, eliminando repetição de conteúdo. Para um jogo focado em narrativa e exploração, cinco horas são suficientes para avaliar mecânicas de conexão social e novos equipamentos.
PlayStation Plus Extra e Deluxe: pontos fortes e fracos
Variedade de gêneros – Agosto apresenta um equilíbrio convincente entre AAA (Mortal Kombat 1, Spider-Man), indies de peso (Sword of the Sea, Indika) e RPGs táticos (Unicorn Overlord). Isso aumenta a chance de cada assinante encontrar algo de interesse.
Aproveitamento do hardware – Os títulos PS5 tiram proveito de SSD e ray tracing, porém alguns, como Indika e Harold Halibut, limitam-se a 30 fps. Ainda assim, a escolha é consciente da direção artística. Já Mortal Kombat 1 e Spider-Man demonstram como 60 fps e feedback háptico podem elevar a experiência.
Conteúdo clássico – A disponibilidade de Resident Evil 2 e 3 com recursos de qualidade de vida mostra que o plano Deluxe continua investindo em preservação. Contudo, apenas dois clássicos em um mês podem decepcionar quem assina exclusivamente por retro-gaming.
Fator novidade – Sword of the Sea chega dia 1º ao serviço, sem custo adicional, algo incomum para um lançamento “day one”. Essencial para assinantes que buscam sentir que estão recebendo conteúdo fresco e não apenas catálogo de anos anteriores.
Limitações – O line-up carece de jogos de esporte ou corrida, gêneros populares no Brasil. Além disso, não há adições híbridas PS VR2, segmento que poderia reforçar o valor agregado do Deluxe.
PlayStation Plus Extra e Deluxe vale a pena em agosto de 2025?
Do ponto de vista técnico e de conteúdo, agosto representa um dos meses mais robustos do serviço em 2025. Mortal Kombat 1 continua vendido a preço cheio no varejo e inclui modo online ativo, justificando sozinho boa parte do valor da assinatura para fãs de luta.
Marvel’s Spider-Man permanece referência em mundo aberto, ideal para quem adquiriu um PS5 recentemente. Já Sword of the Sea oferece experiência contemplativa inédita, reforçando a percepção de novidade.
Para o público de jogos de terror, a remasterização funcional dos Resident Evil clássicos garante nostalgia sem a frustração de telas de carregamento e memory cards. O teste de Death Stranding 2 funciona como uma “degustação” de luxo, permitindo ao usuário decidir pela compra com base em horas práticas, algo que demos tradicionais raramente proporcionam.
Considerando a soma de gêneros, a otimização dos títulos PS5 e a presença de um lançamento “day one”, é seguro concluir que vale a pena manter ou iniciar a assinatura do PlayStation Plus Extra em agosto. Quem já está no Deluxe ganha pouco conteúdo adicional, mas o acesso aos clássicos e ao teste de Death Stranding 2 ainda pode justificar a diferença, principalmente para entusiastas de retro-gaming e fãs de Hideo Kojima.
Recomendação final:
• Jogadores focados em multiplayer competitivo e grandes lançamentos atuais tendem a aproveitar bem o catálogo Extra.
• Nostálgicos ou completistas encontrarão valor no Deluxe, porém devem ponderar se dois clássicos mensais atendem às expectativas.
• Quem procura esportes, VR ou corridas talvez não se sinta plenamente atendido neste ciclo.
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Em síntese, agosto de 2025 demonstra que a Sony segue alternando blockbusters recentes e indies autorais para manter o engajamento dos assinantes. Para o consumidor brasileiro que busca variedade e deseja testar alguns dos jogos mais comentados do último ano sem comprar cada um separadamente, o PlayStation Plus Extra e Deluxe apresenta uma proposta de valor sólida neste mês.
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