MacBook Air M4 vs MacBook Pro M5

MacBook Air M4 vs MacBook Pro M5: Análise Técnica e Custo-Benefício em 2025

Em 2025 a linha de notebooks da Apple se divide, essencialmente, em dois perfis de usuário: quem busca leveza e autonomia no MacBook Air M4 e quem precisa de mais potência gráfica no MacBook Pro M5. Ambos receberam atualizações importantes, mas atendem a necessidades distintas.

Nas próximas linhas, destrinchamos especificações, desempenho e pontos fortes e fracos de cada modelo, para ajudar o consumidor brasileiro a decidir qual máquina faz sentido no dia a dia.

Especificações do MacBook Air M4 (2025)

O novo Air mantém o design ultrafino em alumínio unibody, porém chega com processador Apple M4 de 10 núcleos de CPU e duas opções de GPU (8 ou 10 núcleos). O modelo base oferece 16 GB de memória unificada e SSD de 256 GB. Entre as interfaces físicas estão duas portas Thunderbolt 4/USB-C, conector MagSafe 3 para recarga e saída de fone de ouvido de 3,5 mm. Em conectividade sem fio, o portátil traz Wi-Fi 6E e Bluetooth 5.3.

A tela de 13,6 polegadas permanece como um dos pontos altos. O painel Liquid Retina atinge 500 nits e cobre a gama de cores P3, garantindo fidelidade tonal para quem trabalha com edição de imagem. O refresh continua em 60 Hz—limitação que ainda distancia o Air dos ultrafinos rivais com painéis de 90 Hz ou 120 Hz.

No quesito mobilidade, o Air surpreende: a autonomia oficial é de até 18 horas, e em testes práticos o notebook alcançou pouco mais de 18 horas reproduzindo vídeo em loop. O conjunto cabe em um chassi de 1,24 kg, sendo fácil de transportar em mochilas compactas.

Um avanço relevante está no suporte a dois monitores externos com a tampa aberta, algo que antes exigia trabalhar com a tampa fechada. Para quem usa estação de trabalho com múltiplas telas, esse detalhe faz diferença.

Performance do MacBook Air M4 (2025)

A expectativa em torno da transição do chip M3 para o M4 não envolvia salto de desempenho revolucionário, mas os testes mostram ganho médio de 20 % em CPU e incremento moderado em GPU. Na prática, navegação, planilhas complexas e edição de fotos em alta resolução são concluídas sem engasgos. O fluxo de trabalho comum, incluindo múltiplas abas de navegador e aplicativos de escritório, não derruba o desempenho nem eleva exageradamente a temperatura.

Para cargas mais pesadas—como edição de vídeo 4K multicam ou jogos recentes—o Air dá conta, porém não é a máquina que entrega as taxas de quadro mais altas. Nessas situações, o limite térmico de um chassi tão fino surge rapidamente, reduzindo clocks para manter a temperatura sob controle.

Em benchmarks sintéticos de CPU, o M4 ficou cerca de 20 % à frente do M3. Nos testes de GPU, a vantagem foi mais discreta, mas ainda perceptível. Dessa forma, quem saltar diretamente de um Air com chip M2 notará evolução clara; usuários vindos do M3 verão ganhos menores, porém bem-vindos.

Prós

  • Tela brilhante com cores fidedignas (P3 e até 500 nits).
  • Autonomia real superior a 18 horas.
  • Processador M4 entrega fluidez para a maioria das tarefas.
  • Suporte a dois monitores externos com tampa aberta.
  • Construção leve (1,24 kg) e sólida.

Contras

  • Taxa de atualização limitada a 60 Hz.
  • Apenas duas portas USB-C e nenhuma do lado direito.
  • Upgrades de memória e armazenamento não podem ser realizados após a compra.

No Brasil, o preço ainda é um obstáculo, mas houve redução de US$ 100 no lançamento americano em relação ao antecessor, sinalizando possível ajuste gradual no mercado nacional.

MacBook Air M4 vs MacBook Pro M5

Performance do MacBook Pro M5 (14 pol.)

O MacBook Pro M5 de 14 polegadas mantém o mesmo chassi da geração anterior, mas troca o coração computacional pelo inédito chip Apple M5. A Apple afirma 20 % mais desempenho em cargas multithread e até 60 % em cenários que exigem GPU—afirmação confirmada por benchmarks que evidenciam salto expressivo em renderização e em jogos.

São até 32 GB de memória unificada e SSD que pode chegar a 4 TB. Além das duas portas Thunderbolt do lado esquerdo, estão presentes HDMI em tamanho completo, leitor SDXC, conector MagSafe 3 e mais uma Thunderbolt 4 no lado direito, ampliando as possibilidades de uso sem adaptadores.

A tela Liquid Retina XDR de 14,2 polegadas conta com mini-LED, brilho sustentado de 1.000 nits e taxa de atualização ProMotion de 120 Hz. Isso resulta em contraste elevado e rolagem extremamente suave, características apreciadas por fotógrafos, videomakers e programadores que passam o dia inteiro diante da tela.

Em reprodução de vídeo em HD, a bateria alcançou impressionantes 34,5 horas, superando até o Air. Sob uso intensivo, como exportações continuadas em 3D ou compilações de código de grande porte, a autonomia naturalmente diminui, mas permanece acima da média de outros notebooks de alta performance.

O sistema de seis alto-falantes com áudio espacial continua sendo referência no segmento, dispensando caixas externas para consumo de mídia. Já o teclado retroiluminado mantém curso confortável e a confiabilidade de anos anteriores.

Prós

  • Chip M5 traz ganho notável em tarefas gráficas e multithread.
  • Tela mini-LED com 1.000 nits e 120 Hz.
  • Ampla variedade de portas, inclusive HDMI e leitor SD.
  • Áudio de seis alto-falantes de alta qualidade.
  • Autonomia que pode ultrapassar 30 horas em uso leve.

Contras

  • Sem opção de painel OLED.
  • Memória soldada: ideal escolher 32 GB se houver perspectiva de uso pesado futuro.
  • Peso e preço mais elevados em relação ao Air.

É importante ressaltar que profissionais que exigem tela de 16 polegadas ou potência ainda maior para renderização diária devem considerar as variantes com M4 Pro ou M4 Max enquanto o M5 Pro não é anunciado oficialmente.

MacBook Air M4 vs MacBook Pro M5: Qual oferece melhor custo-benefício?

Embora ambos compartilhem a arquitetura Apple Silicon, o foco de cada modelo é claro. O Air M4 prioriza portabilidade extrema, duração de bateria e preço mais acessível dentro da linha. Já o Pro M5 foi criado para fluxos criativos que envolvem edição de vídeo 4K, modelagem 3D ocasional e multitarefa com múltiplos monitores de alta resolução.

Se o seu trabalho se volta majoritariamente a navegação web, suíte Office, edição de fotos em RAW pontual ou produção de conteúdo leve, o MacBook Air M4 entrega desempenho de sobra e bateria que deixa carregador em segundo plano. Escolha a versão com 10 núcleos de GPU se pretender jogar títulos recentes ou usar softwares mais intensivos de design.

Por outro lado, se projetos de pós-produção tomam boa parte do dia ou se você roda máquinas virtuais, compila grandes bases de código ou depende de softwares de CAD, o MacBook Pro M5 justifica o investimento extra. A tela de 120 Hz e o espectro HDR amplo oferecem visualização mais fiel do conteúdo, enquanto as portas adicionais reduzem a necessidade de hubs.

No cenário brasileiro, onde o preço de entrada já é alto, é fundamental refletir sobre configuração antes da compra. Memória unificada e SSD não podem ser trocados posteriormente, exigindo planejamento: 16 GB atendem à maior parte dos usuários do Air; criadores de conteúdo deveriam partir para 32 GB no Pro, mesmo que isso encareça o pacote.

MacBook Air M4 ou MacBook Pro M5: Vale a pena em 2025?

Para estudantes, profissionais de escritório e creators em início de carreira, o MacBook Air M4 continua a ser a porta de entrada mais equilibrada no ecossistema macOS. O processador revigorado supera facilmente o dia a dia, a tela permanece excelente e a redução de preço em relação ao antecessor melhora o custo-benefício.

Já o MacBook Pro M5 se destaca como ferramenta de produção de conteúdo robusta que combina mobilidade com performance quase de workstation. Para quem monetiza a velocidade de render, exportação ou compilação, o retorno sobre o investimento tende a compensar rapidamente.

Em resumo, o Air é indicado a quem prioriza leveza, bateria e preço relativamente menor, enquanto o Pro faz sentido para quem precisa de potência gráfica, tela de 120 Hz e conjunto de portas mais completo. Avalie suas tarefas diárias, a necessidade de upgrade de memória no ato da compra e o orçamento disponível. Dessa forma, você evita gasto excessivo ou, pior, a frustração de adquirir um modelo que não acompanha suas demandas.

Veja mais aqui:

Recomendação final: se suas atividades são predominantemente leves a moderadas, compre sem medo o MacBook Air M4 com 10 núcleos de GPU e, no mínimo, 256 GB de SSD. Para cargas criativas pesadas, vá de MacBook Pro M5 com 32 GB de RAM e SSD proporcional ao seu acervo de projetos. Em ambos os casos, espere longevidade de software, construção premium e um dos melhores trackpads do mercado.

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