ASUS ROG Strix SCAR 18 (G835)

ASUS ROG Strix SCAR 18 (G835): Análise Técnica Mostra Desempenho Bruto e Limitações de Mobilidade

O ROG Strix SCAR 18 (G835) chega como o novo topo de linha da ASUS para o segmento de notebooks gamer no Brasil. Com hardware de última geração, tela de 18 polegadas e visual repleto de LEDs, o modelo pretende atender jogadores competitivos e criadores de conteúdo que não podem abrir mão de potência. Nos parágrafos a seguir, avaliamos os principais aspectos técnicos e apontamos onde ele brilha – e onde ainda deixa a desejar.

Especificações Técnicas do ASUS ROG Strix SCAR 18 (G835)

Processador: Intel Core Ultra 9 275HX
GPU: NVIDIA GeForce RTX 5090 dedicada
Memória: 64 GB DDR5 (5.600 MHz) – expansível
Armazenamento: 4 TB SSD PCIe 4.0 + slot livre PCIe 5.0
Tela: 18″ Mini LED (ROG Nebula HDR), 2.5K (16:10), 240 Hz, 3 ms, 1.200 nits, 100 % DCI-P3, Dolby Vision
Conectividade: Wi-Fi 7, Bluetooth 5.4, duas portas USB-C Thunderbolt 5, três USB-A 3.2 Gen 2, HDMI 2.1, RJ-45 2.5G, carregamento via USB-C (100 W)
Bateria: 90 Wh, carregador proprietário de 380 W incluso
Dimensões/peso: 3,2 cm de espessura, 3,30 kg
Preço de lançamento: R$ 50.000

No visual, a ASUS adota uma abordagem agressiva e funcional. A “barra de luz 360°” Aura RGB contorna toda a base, enquanto o painel AniMe Vision, com 810 LEDs programáveis, adiciona personalização ao tampo. A construção, porém, não favorece a mobilidade: trata-se de um chassi de grandes proporções, ideal para mesa fixa.

Performance em Jogos e Tarefas Pesadas

A combinação do Core Ultra 9 com a RTX 5090 coloca o SCAR 18 entre os notebooks mais rápidos que já passaram por testes práticos. No PCMark 10, voltado a produtividade geral, o equipamento somou 9.092 pontos, superando o modelo anterior em quase 300 pontos. Já o 3DMark Steel Nomad, que emprega DirectX 12, registrou 6.045 pontos – o maior resultado observado até agora em um laptop gamer.

Em cenários reais, a máquina manteve taxas de quadros impressionantes:

Fall Guys: 240 fps estáveis em 2.5K, gráficos no máximo.
Counter-Strike 2: acima de 200 fps constantes, crucial para eSports.
DOOM Eternal (Ray Tracing): ~190 fps no preset “Ultra Pesadelo”.
God of War: Ragnarok: média de 140 fps sem reduzir qualidade.
Ratchet & Clank: desempenho semelhante ao título anterior.

Em tarefas de criação, como renderização de vídeo e edição em alta resolução, a dupla CPU/GPU não apresentou gargalos. A memória de 64 GB DDR5 e o SSD PCIe 4.0 de 4 TB garantem fluxo ágil de arquivos, enquanto o slot PCIe 5.0 livre facilita upgrades futuros.

Tela e Áudio

A ausência de painel OLED é compensada pela tecnologia Mini LED. São mais de 2 mil zonas de escurecimento que possibilitam pico de 1.200 nits e contraste elevado, sem risco de burn-in. O resultado prático é uma imagem vibrante, com cobertura total do espaço DCI-P3, ângulo de visão amplo e reflexos bem controlados pela camada dupla de ACR.

A taxa de 240 Hz com tempo de resposta de 3 ms garante fluidez competitiva, enquanto o suporte ao NVIDIA G-SYNC elimina rupturas de quadro. Para streaming, o Dolby Vision otimiza conteúdo compatível. Em áudio, o conjunto 5.1.2 canais (dois tweeters + dois woofers) entrega boa clareza em médios e agudos. Os graves ficam discretos, mas a potência geral costuma dispensar caixas externas.

Construção, Conectividade e Usabilidade

O teclado, com leve curvatura nas teclas, oferece resposta precisa e atalhos dedicados para perfis de desempenho. Há ainda botão específico para o Microsoft Copilot, evidenciando o foco em IA do Windows 11. O touchpad cresceu 36 % em relação ao modelo anterior, tornando-se viável para uso emergencial, embora gamers continuem preferindo um mouse dedicado.

A lista de portas cobre quase tudo que o público avançado exige: duas USB-C Thunderbolt 5, três USB-A 10 Gb/s, HDMI 2.1, RJ-45 2.5G e entrada de energia. A ausência de leitor de cartão microSD é um deslize, especialmente para criadores de conteúdo. Na conectividade sem fio, Wi-Fi 7 e Bluetooth 5.4 garantem futuro próximo à prova de obsolescência.

Manutenções e upgrades foram facilitados. Uma alavanca na base libera a tampa inferior, dando acesso direto aos slots de SSD e memória – ponto positivo para quem pretende prolongar a vida útil do investimento.

Bateria e Carregamento

Com 90 Wh, a capacidade impressiona no papel, mas a prática revela outro cenário. Em uso de escritório – navegação no Edge, edição de documentos e mensageria –, a autonomia ficou em 1 h 55 min. LEDs ligados ou desligados fizeram pouca diferença, indicando que a tela Mini LED e o hardware robusto são os principais vilões do consumo.

Para recarga, o adaptador proprietário de 380 W levou 1 h 37 min do zero aos 100 %. É possível repor energia via USB-C (até 100 W), porém esse método deve ser encarado apenas como quebra-galho, já que não sustenta desempenho máximo durante jogos.

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Custo-Benefício e Concorrência

Com preço de lançamento de R$ 50.000, o SCAR 18 posiciona-se claramente no nicho entusiasta. Neste patamar, praticamente não encontra rival com especificações equivalentes em território nacional, mas algumas alternativas podem atender públicos distintos:

Alienware m16 R2: tela de 16″, mesma resolução e 240 Hz, porém com hardware de geração anterior. Em contrapartida, bateria dura mais e há slot microSD.
Samsung Galaxy Book 4 Ultra: também 16″, painel AMOLED e design mais leve. Perde em potência gráfica, mas vence em portabilidade e autonomia.

Quem efetivamente precisa de performance extrema, seja para eSports em alto nível ou renderização profissional, encontrará no ASUS um combo robusto. Já usuários que priorizam mobilidade ou custo mais baixo podem achar opções mais equilibradas em modelos menores ou de gerações passadas.

Vale a Pena?

Prós:

• Desempenho gráfico e de CPU entre os mais altos da categoria
• Tela Mini LED de 18″ com 240 Hz e 100 % DCI-P3
• Sistema de refrigeração eficiente, mesmo em longas sessões
• Ampla conectividade (Wi-Fi 7, Thunderbolt 5) e upgrades facilitados
• Design personalizável com Aura RGB e AniMe Vision

Contras:

• Peso de 3,30 kg e espessura de 3,2 cm limitam mobilidade
• Autonomia de bateria inferior a duas horas em uso leve
• Ausência de leitor microSD
• Preço elevado restringe a um público muito específico

No fim das contas, o ROG Strix SCAR 18 (G835) é uma estação de batalha sob forma de notebook. Se a prioridade absoluta for rodar qualquer jogo moderno no máximo, editar vídeos 8K ou explorar projetos de inteligência artificial sem estrangulamento de hardware – e o uso predominante acontecer na mesa, sempre perto de uma tomada – ele atende com sobra.

Caso a portabilidade tenha peso igual ou a verba não permita o investimento de R$ 50 mil, vale considerar concorrentes que entregam 70 % da performance por uma fração do preço e com autonomia muito superior.

Veja também:

Recomendação final: recomendamos o ASUS ROG Strix SCAR 18 apenas para entusiastas que precisam do melhor desempenho possível hoje e aceitam sacrificar mobilidade e autonomia. Para o público gamer convencional ou criadores que frequentemente trabalham longe da tomada, alternativas mais compactas continuam fazendo mais sentido.

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