O ASUS TUF Gaming A15 foi lançado para quem quer entrar no universo dos notebooks gamer sem gastar como nos modelos topo de linha. Em 2025, ele ainda aparece nas prateleiras com um conjunto de hardware de gerações passadas, mas que promete entregar boa experiência em jogos competitivos e tarefas cotidianas. Nesta análise, avaliamos pontos fortes, limitações e se o investimento faz sentido no cenário atual.
Análise Técnica Completa
Especificações Técnicas do ASUS TUF Gaming A15
Processador: AMD Ryzen 7 7435HS
GPU: NVIDIA GeForce RTX 2050 (4 GB GDDR6)
Memória RAM: 16 GB DDR5
Armazenamento: SSD NVMe 512 GB (segundo slot M.2 livre)
Tela: 15,6″ IPS LCD, 1920 × 1080 px, 144 Hz, 62,5 % sRGB
Bateria: 48 Wh, carregador 150 W
Conectividade: Wi-Fi 6, Bluetooth 5.1, 1× HDMI 2.0, 3× USB-A 3.2, 1× USB-C 3.2 Gen 2 (DisplayPort 1.4), RJ-45, P2 combo
Peso e dimensões: 2,30 kg; 2,45 cm de espessura
Extras: teclado RGB de zona única, certificação militar MIL-STD-810H
Design e Construção
O visual segue a linha gamer tradicional, com tampa metálica escovada e base plástica reforçada. As aberturas laterais e traseiras colaboram para um fluxo de ar eficiente, ainda que o ruído das ventoinhas seja perceptível em cargas pesadas. A certificação militar acrescenta robustez para quedas ocasionais, vibração e variações de temperatura — ponto raro em concorrentes da mesma faixa de preço.
Com 2,30 kg, não é ultracompacto, mas cabe sem esforço em mochilas de 15,6″. O teclado tipo Chiclet entrega digitação confortável e resposta rápida; o destaque visual fica nas teclas WASD translúcidas e na retroiluminação RGB ajustável em uma zona. O touchpad, porém, não acompanha a evolução: é pequeno, usa botões físicos e ocupa menos área útil que rivais mais recentes.
Tela e Multimídia
O painel IPS de 144 Hz é o trunfo para jogos competitivos, oferecendo fluidez além dos tradicionais 60 Hz. Entretanto, brilho moderado e cobertura de cor limitada (62,5 % sRGB) deixam a desejar para quem edita fotos ou consome conteúdo HDR. O acabamento antirreflexo ajuda em ambientes iluminados, mas a ausência de recursos como Dolby Vision ou HDR10 impede melhor aproveitamento em streaming.
A webcam 720p cumpre apenas o básico para videochamadas e não traz sensor infravermelho para login facial. Nos alto-falantes, o sistema estéreo certificado Hi-Res exibe clareza nos médios e agudos, mas falta impacto nos graves. O suporte a DTS permite ajustes de equalização via software, compensando parcialmente a assinatura sonora modesta.
Performance em Uso Diário
Mesmo não sendo mais novidade, o Ryzen 7 7435HS ainda oferece oito núcleos eficientes para navegação, produtividade e multitarefa. Nos testes de produtividade, o notebook alcançou 6.622 pontos no PCMark — resultado que supera alguns modelos com Intel Core i5 ou i7 de 13ª geração aliados a GPUs superiores, indicando bom balanceamento entre processador e placa de vídeo.
A inicialização do Windows 11 Home não é imediata, consequência do controlador SSD e da otimização de firmware, porém o dia a dia com navegador, editores de texto e reprodução de vídeo se mantém ágil. O principal gargalo está no SSD de 512 GB: após instalar o sistema e softwares básicos, sobra espaço para apenas três ou quatro jogos “AAA”. O slot M.2 adicional atenua a limitação, mas representa custo extra ao usuário.
Desempenho em Jogos
A RTX 2050 é a mais humilde da família GeForce RTX, equipada com 4 GB de VRAM. Ainda assim, combina bem com a resolução Full HD e a tela de 144 Hz para títulos competitivos:
• Fall Guys: gráficos no máximo, acima de 100 fps constantes.
• Counter-Strike 2: perfil baixo, cerca de 200 fps, aproveitando totalmente o painel rápido.
• DOOM Eternal: qualidade média, ~130 fps; VRAM limita ajustes mais altos.
• God of War: oscila entre 60 e 30 fps, com quedas perceptíveis em cenas exigentes.
• Ratchet & Clank: estabilidade aceitável, porém abaixo de 40 fps, indicando que jogos recentes pedem cortes agressivos de qualidade.
Na prática, o A15 atende bem a e-sports e títulos até 2022, desde que o usuário aceite compromissos visuais. Produções mais pesadas já encostam nos limites da GPU.
Bateria e Temperatura
A ASUS declara até 14 h de vídeo, mas o cenário real é diferente: no teste que mescla navegação, editores de texto e mensageiros, o notebook sustentou 2 h 45 min antes de desligar. É autonomia semelhante a outros modelos gamer, porém inferior a ultrabooks com especificações parecidas. O carregador de 150 W repõe 50 % em cerca de 30 min, completando a carga em 1 h 49 min; a desaceleração na etapa final gera tempo total razoável, mas longe dos carregadores GaN mais avançados.
Quanto às temperaturas, o sistema de dupla ventoinha mantém CPU e GPU abaixo de 90 °C em stress. O teclado aquece levemente na porção superior, mas a região WASD não incomoda em sessões longas.
Custo-Benefício e Concorrência
No Brasil, a linha TUF A15 parte de aproximadamente R$ 4.000, enquanto a configuração testada (Ryzen 7 + RTX 2050) ronda os R$ 5.000. Na mesma faixa, o Dell G15 oferece GPU mais atual e bateria maior, porém é mais espesso e pesado. O Acer Nitro V15 traz RTX 4050, mas adota construção menos robusta e abandona detalhes gamer, além de usar processador Intel que, nos testes, ficou atrás do Ryzen em multitarefa.
Para quem precisa de autonomia prolongada, talvez seja melhor buscar modelos com GPU integrada Radeon ou Intel Arc e processador de baixo consumo. Já se a prioridade é ray tracing e DLSS em títulos recentes, convém investir em opções com RTX 3050 ou 4050, mesmo custando mais.
Veja também:
Vale a Pena?
O ASUS TUF Gaming A15 segue uma proposta clara: entregar experiência gamer “completa” — teclado RGB, tela de 144 Hz, design robusto — sem ultrapassar a barreira dos R$ 5 mil. O desempenho em e-sports, a certificação militar e a possibilidade de expansão do SSD são pontos fortes.
Por outro lado, a RTX 2050 já mostra fôlego limitado em jogos recentes, a tela carece de brilho e fidelidade de cor, e a bateria não impressiona. Se essas concessões não forem problema — especialmente para quem joga títulos competitivos menos pesados — o A15 continua sendo opção equilibrada em 2025. Para usuários que priorizam gráficos no ultra ou longa autonomia longe da tomada, há alternativas mais modernas, embora mais caras.
Em resumo: se o orçamento está ajustado, você busca portabilidade razoável e pretende rodar jogos populares com boa fluidez em Full HD, o TUF Gaming A15 ainda merece consideração. Caso queira maior longevidade gráfica, vale juntar um pouco mais e mirar em modelos equipados com RTX 3050/4050 ou equivalentes.
Compartilhe Isso!!!